Estava inaugurada a época das catedrais cuja arquitetura podia ser definida segundo três elementos: o arco botante, a abóbada nervurada e a pedra. O distanciamento dos apoios permitia vãos iluminados e colunas de escassos diâmetros. As paredes dos arcos laterais tinham que ser muito altas, para que a luz pudesse penetrar no seu interior, por cima dos telhados das naves laterais, exigindo a colocação dos arcos exteriores (botantes).
A luz branca do sol não era suficiente para aqueles interiores de pedra rendada, sendo necessário que o templo se colorisse nas mais variadas cores; foi conseguido através dos vitrais. No interior, a ornamentação foi totalmente atraída pelos capitéis, enquanto que no exterior se generalizou pelas fachadas, galgando as torres pontiagudas, subindo pelos arcos ogivais, brotando incontida aqui e acolá com aquela tendência de subir espacialmente, com o que se pretendia traduzir a lei de ascensão espiritual. As rosáceas nasce com as mais variadas formas e obedecendo às mais intricada e belas leis de formação geométrica.
Se a abóbada de arestas românica é um todo que vai de ponta a ponta, o que redunda numa difusão de cargas, que por seu turno exige paredes grossas e reforçadas, na abóbada gótica tal não sucede, pois que existe agora a transmissão localizada de cargas, o que permite paredes bem delgadas. Na arquitetura românica a abóbada central tem seus empuxos anulados por maciços contrafortes, do que resulta uma acentuada sensação de peso. Na arquitetura gótica os empuxos provenientes da nave central são transportados para fora do prédio, enquanto as colunas se desdobram em autênticos feixes de colunetas, onde cada uma se encontra responsável pela carga da nervura que lhe corresponde. A igreja românica tem sua torre emergindo do cruzeiro, no centro da construção, enquanto que no gótico ela se levanta do primeiro plano, da fachada.
Um dos maiores segredos do êxito gótico foi o emprego de pequenas pedras, muito bem cortadas e aparelhadas, fáceis de transportar e de colocar. A planta das catedrais góticas exibe uma forma de cruz latina, dotada de grandes áreas, possuindo de 3 a 5 naves, onde o transcepto se confunde com o alinhamento das naves laterais. A fachada se subdivide em 3 zonas verticais e outras tantas horizontais (1-as portas de entrada, 2-a galeria e a rosácea, 3-as torres).
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Referências Bibliográficas:
. CARVALHO, Benjamin . A História da Arquitetura. Edições de Ouro. s/d
. HISTÓRIA GERAL DA ARTE - ARQUITETURA I,II,III,IV,V,VI . ediciones del Prado. tradução: LETRAS, S, 1995
. MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. Ed. Martin Fontes.
. SHAVER-CRANDELL, Anne. História da arte da Universidade de Cambridge. A idade Média. Trad: Álvaro Cabral. Ed Círculo do livro, São Paulo 1982.
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Como citar este artigo:
MASSARA, Bruno (2002). A Arquitetura Gótica. Artigo Online. Disponível em <http://www.territorios.org/teoria/H_C_gotica.html> Acessado em: inserir data