Dórica:
era simples e transmitia uma única impressão de solidez
e força. A colunata não tinha base, ergue-se direto sobre
a plataforma. A superfície do fuste era dividida (comprimento)
em estrias largas e côncavas (caneluras). O capitel (que pode
ser chamado de equino) era liso com formato semelhante ao de uma almofada
e sustentado por um ábaco (tem a função de diminuir
o vão entre as colunas) quadrado e liso. A arquitrave era também
lisa, não suportando diretamente a cornija, havendo entre eles
o friso. Na fachada dos templos se sobrepunha o frontão, que
podia ter sua superfície decorada e servia para esconder o telhado.
Como exemplos de templos de ordem Dórica temos: Atenas em Corinto,
Zeus em Olímpia, Teseu em Atenas, Partenom em Atenas, Apolo em
delos. Cinco nomes célebres são responsáveis pela
realização do templo de Atenas na Acrópole: Péricles
- administrador e protetor das artes, Ictinus, Calicrates, Mnesicles
- arquitetos gregos e Phidias - escultor.
Jônica:
Introduzida através do Mar Egeu. Era mais ornamentada que a dórica
e mais trabalhada. O fuste era mais alto e estreito e se erguia sobre
uma base formada por uma série de anéis. O capitel apresentava
dois pares idênticos de espirais e volutas semelhantes a um rolo
de papel. O espaço entre as espirais era preenchido com uma escultura
decorativa, encontrada também no ábaco. A arquitrave era
composta por 3 planos horizontais. Alguns frisos eram lisos e outros
decorados com esculturas em relevo. Como exemplos de templos jônicos:
Artemisa em Efeso, Ilissos em Atenas, Dionisio em Teos, Erecteo na Acrópole
de Atenas.
Coríntia:
capitel mais bem ornamentado com folhas de acanto, rodeavam a parte
inferior do capitel, coroado por volutas simétricas ou folhas
de lótus ou de palmeira. Os gregos o consideravam como uma variante
rica da ordem jônica. Segundo Vitrúvio, o primeiro capitel
coríntio foi executado por um ourives em Corinto (as formas frágeis
e os finos detalhes são mais apropriados para terem nascido do
metal e não do mármore).
A cariátide
consistia em um entablamento dórico ou jônico, sobre colunas
cujo fuste é uma figura humana a exemplo do Templo Erecteo. A
arquitetura e a estatuária se completam mutuamente num todo único
e harmonioso. A razão dessa harmonia se dá pelo fato dos
escultores e arquitetos gregos praticarem ambas as artes, e serem ávidos
na busca da perfeição do traço.
As medidas,
por exemplo a altura de uma colunata eram expressas em múltiplos
do diâmetro da base do fuste. Dórica 4x e 6x, Jônica
9x, Coríntia 10x. As esculturas nos templos utilizavam o espaço
(frontões triangulares, as métopas nos templos dóricos,
e os longos frisos nos templos jônicos) para empregar toda a sua
arte retratando grandes acontecimentos da vida cotidiana , da história
e da mitologia. O efeito do conjunto das esculturas dos frontões
era acentuado pela utilização de tinta vermelha, azul
e dourada.
O Partenon,
que constituía o templo da Deusa Atena, teve sua construção
concluída em 436 a.C. Possuía uma estátua da Deusa
Atena de ouro e marfim em sua sala principal, que era antecedida por
uma antecâmara. No séc. VI d.C. o edifício foi convertido
em Igreja, sendo mais tarde convertido em mesquita. No séc. XVII
foi utilizado como arsenal e em 1687 sofreu vários danos quando
os venezianos cercaram Atenas. Era orientado com sua pronaus para o
quadrante leste e media 68x30x18m.
Praticado
a partir do séc. V a.C., a construção de esculturas
em bronze seguia um processo particular. O artista começava a
fazer um modelo de argila que lhe permitia experimentar e fazer correções
necessárias numa primeira fase. Podia-se assim acrescentar-se
curvas e ajustar contornos de uma forma que o mármore não
permitia. Completado o modelo, o artista cobria-o com uma fina camada
de cera que lhe dava uma boa indicação sobre a forma como
ficaria a estátua de bronze uma vez terminada. Envolvia então
o modelo com um molde de argila fixado através de pequenas varas
de ferro. A cera era depois derretida, deixando um espaço entre
o modelo e o molde exterior. Introduzia-se o bronze em fusão
nesse espaço e o molde era depois quebrado.
A planta
da casa grega derivou do mégaron, subdividida em uma sala retangular
com um pórtico frontal suportado por colunas. Além das
civilizações cretenses, o grego sofreram influência
egípcia, de povos do mediterrâneo oriental, assírios
sendo percebidos nos ornamentos arquitetônicos, flor de lotus,
palmas, espirais e volutas que tem sua origem no mundo oriental.
Os gregos
também se desenvolveram nas correções de ótica.
As linhas retas eram substituídas por linhas curvas. As arquitraves
côncavas, paredes internas e colunas eram inclinadas para dentro,
ábacos e cornijas sobressaiam das paredes, o fuste das colunas
reduzia com a altura e as estrias menos pronunciadas na parte superior
diminuíam a sensação de tortuosidade.
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Referências Bibliográficas:
. JANSON,H. W. Arquitetura Grega e Romana. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Capitulo – Arquitetura (168-184)
. CARVALHO, Benjamin . A História da Arquitetura. Edições de Ouro
. HISTÓRIA GERAL DA ARTE - ARQUITETURA I,II,III,IV,V,VI . ediciones del Prado. tradução: LETRAS, S, 1995
. MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. Ed. Martin Fontes.